Regulamentos de luvas

UNE-EN 420:2010

UNE-EN 420:2010

Requisitos gerais

UNE-EN 388:2016

UNE-EN 388:2016

Riscos mecânicos

UNE-EN 374:2016

UNE-EN 374:2016

Riscos químicos

UNE-EN 374:2016

UNE-EN 374:2016

Riscos químicos

UNE-EN 407:2005

UNE-EN 407:2005

Riscos térmicos

UNE-EN 425:2016

UNE-EN 425:2016

Relativo aos Equipamentos de Proteção Individual

UNE-EN 60903:2005

UNE-EN 60903:2005

Riscos elétricos

UNE-EN 381-7:2000

UNE-EN 381-7:2000

Riscos por corte de corrente

UNE-EN 511:2006

UNE-EN 511:2006

Riscos por frío

UNE-EN 659:2004

UNE-EN 659:2004

Luvas para bombeiros

UNE-EN 16350:2014

UNE-EN 16350:2014

Eletricidade estática

UNE-EN 1082-1/2:1997

UNE-EN 1082-1/2:1997

Corte e picaduras

UNE-EN 12477:2005

UNE-EN 12477:2005

Proteção para soldadores

UNE-EN 13594:2015

UNE-EN 13594:2015

Luvas para motociclistas

UNE-EN ISO 10819:2014

UNE-EN ISO 10819:2014

Vibrações mecânicas e choques

UNE-EN ISO 13997:1999

UNE-EN ISO 13997:1999

Resistência ao corte por objetos afiados

UNE-EN ISO 13688:2013

UNE-EN ISO 13688:2013

Roupa de proteção

UNE-EN 11611:2015

UNE-EN 11611:2015

Roupa de proteção para soldadura e processos afins

UNE-EN 342:2004

UNE-EN 342:2004

Roupa de proteção para o frio

UNE-EN 420:2004UNE-EN 420:2010

A norma UNE-EN 420:2010 é uma norma de referência para ser utilizada com as normas específicas relativas ou aplicáveis às luvas de proteção. Isto significa que dita norma não se pode aplicar por si mesma para certificar ou auto certificar luvas de proteção.

A norma define os requisitos de construção e desenho das luvas, inocuidade, resistência dos materiais à penetração da água, inocuidade (pH e conteúdo em Crómio VI), comodidade e eficácia, marcação e informação fornecida pelo fabricante. Também é aplicável às luvas e protetores de braços unidos permanentemente aos fatos herméticos.

UNE-EN 420. REQUISITOS GERAIS
Tamanhos de mãos Dimensão da luva
TamanhosCircunferência mmComprimento mmComprimento mínima da luva
6 152 160 220
7 178 171 230
8 203 182 240
9 229 192 250
10 254 204 260
11 279 215 270

Todas e cada uma das luvas de proteção deverão estar marcadas com a seguinte informação:

  • Nome, marca ou outro meio de identificação do fabricante ou do seu representante autorizado.
  • Designação da luva (nome comercial ou código que permita ao usuário identificar o produto com a gama do fabricante ou do seu representante autorizado).
  • Designação do tamanho.
  • Se for necessário, marcação relativa à data de caducidade.
  • Quando as luvas cumprirem com uma ou mais normas europeias, deverão incluir o pictograma adequado à norma. Todos e cado um dos pictogramas deverão estar acompanhados da referência à norma específica aplicável e dos níveis de prestação, que devem estar sempre na mesma sequência fixa, tal como definido na correspondente norma.

UNE-EN 388:2016UNE-EN 388:2016

A norma UNE-EN 388:2016 aplica-se a todos os tipos de luvas de proteção destinados a proteger contra riscos mecânicos provocados por abrasão, cortes com lâminas, perfuração, rasgões e impacto quando aplicável. São luvas de Categoria 2. Esta norma também pode ser aplicada a protetores de braço diferentes das luvas ou da roupa.

UNE-EN 388. RISCOS MECÂNICOS
Níveis mínimos de rendimento 1 2 3 4 5
A Resistência à abrasão (ciclos) 100 500 2000 8000 -
B Resistência ao corte com lâminas (índice) 1,2 2,5 5 10 20
C Resistência aos rasgões (newtons) 10 25 50 75 -
D Resistência à perfuração (newtons) 20 60 100 150 -

MÉTODOS DE ENSAIO EN 388:2016

  • A / Resistência a abrasão

Utiliza-se um equipamento denominado Mantindale Wear and Abrasion Machine. O novo papel abrasivo utilizado é Klingspor PL31B Grit 180.
A resistência à abrasão mede-se pelo nº de ciclos necessários para que se produza a rutura da amostra.

  • B / Resistência ao corte por lâmina

Utiliza-se um equipamento especial composto principalmente por um banco de ensaio capaz de suportar uma lâmina circular rotativa.
A velocidade de corte da lâmina passa de 10cm/s a 8cm/s +-2cm/s.
A afiação da lâmina deve ser realizada seguindo estes parâmetros: o primeiro corte deve estar entre 0,8 e 1,4 ciclos (antes 1 e 4) e os quatro cortes restantes entre 0,8 e 2 ciclos (antes 1 e 2).
Se quando atingir 60 ciclos a proveta não estiver cortada, será necessário pará-la manualmente para comprovar o desgaste da lâmina.
Se a luva deixar a lâmina sem corte, será necessário realizar o teste de corte em conformidade com ISO 13997 e esse valor servirá de referência para futura consideração. Nesse caso, não será facilitado nenhum valor em conformidade com o teste de corte por lâmina (coloca-se X).

  • C / Resistência aos rasgões

Mede-se a força necessária para propagar um desgarro numa amostra retangular à qual se realizou previamente um corte ao longo da metade do seu comprimento. Usam-se máquinas de tração equipadas com sistemas de medida de força.

  • D / Resistência à perfuração

Mede-se a força exercida por um perfurador de aço de dimensões determinadas para perfurar uma amostra colocada num dispositivo suporte.

  • E / Corte por objetos afiados

Para materiais com alta resistência ao corte que deixem a lâmina sem corte será obrigatório realizar um novo teste de corte em conformidade com ISO 13997:1999. Usam-se provetas de pelo menos 25 x 100 mm. Montam-se as provetas no equipamento de ensaio TDM100 colando o material com uma fita de dupla face. Coloca-se uma tira de material condutor (cobre) entre a amostra e o adesivo. Muda-se a lâmina normalizada por uma nova para cada corte. Ativa-se o equipamento, colocam-se os pesos e a lâmina desloca-se sobre a amostra até realizar o corte. O ensaio repete-se até obter:

  • Cinco valores entre 5 e 15 mm.
  • Cinco valores entre 15 e 30 mm.
  • Cinco valores entre 30 e 50 mm.

Com estes valores elabora-se um gráfico que determina a força necessária para cortar o material com um deslocamento de corte de 20 mm. Verifica-se o resultado (Corte a 20 mm) realizando 5 cortes com a força estabelecida no gráfico. Se com esta força não for possível verificar o resultado, será necessário voltar a calcular a força e realizar mais 5 cortes.

Nível A B C D E F
6.3 resistência ao corte (N) EN ISO 2 5 10 15 22 30

  • F / Proteção contra impacto

Quando as luvas apresentarem alguma mitigação específica do impacto em conformidade com a norma EN 13594:2015, considera-se que cumprem o requisito em questão. Neste caso, será acionado um P ao pictograma.

UNE-EN 374:2004UNE-EN 374:2016

A norma ISO EN 374:2016 estabelece os requisitos para as luvas destinadas à proteção do usuário contra os produtos químicos e/ou microrganismos. Esta norma não estabelece requisitos de proteção mecânica. Todas as luvas pertencem à categoria 3.

Divide-se nas seguintes partes:

  • ISO EN 374-1:2016: Terminologia e requisitos exigidos para riscos químicos.
  • EN 374-2:2014: Determinação da resistência à penetração.
  • EN 16523-1:2015: infiltrações por químicos líquidos sob condições de contacto contínuo.
  • EN 374-4:2013: Determinação da resistência à degradação por químicos.
  • ISO EN 374-5:2016: Terminologia e requisitos exigidos para riscos de microrganismos.

As luvas dividem-se em três tipos:

  • Tipo A: os que tiverem sido ensaiados contra infiltrações de 6 produtos químicos da tabela e tiverem no mínimo nível 2.
  • Tipo B: os que tiverem sido ensaiados contra as infiltrações de 3 produtos químicos da tabela e tenham no mínimo nível 2.
  • Tipo C: os que tiverem sido ensaiados contra as infiltrações de 1 produto químico da tabela e tiverem no mínimo nível 1.

MÉTODOS DE ENSAIO
  • Ensaio de penetração 374-2

É o avanço dos produtos químicos através do material, costuras da luva a nível não molecular.
Ensaio de fugas de ar. Incha-se a luva com ar e submerge-se dentro de água. Controla-se a aparição de borbulhas de ar dentro do prazo de 30’.
Ensaio de fugas de água. Enche-se a luva com água e controla-se a aparição de gotinhas de água.
Se estes ensaios forem positivos, coloca-se o pictograma

  • Ensaio de degradação EN 374-4

Detrimento de alguma das propriedades da luva devido ao contacto com um produto químico. Ex.: descoloração, endurecimento, amolecimento, etc. • Ensaio de infiltrações EN 16523-1
É o avanço dos produtos químicos a nível molecular. A resistência do material de uma luva às infiltrações por um produto químico determina-se medindo o seu tempo de passagem através do material.

NÍIVEIS DE RESISTÊNCIA À PERMEABILIDADE*
Tempo médio de penetração Níveis de prestação
>10 Classe 1
>30 Classe 2
>60 Classe 3
>120 Classe 4
>240 Classe 5
>480 Classe 6

Lista de produtos químicos

LETRA CÓDIGO PRODUTO QUÍMICO Nº CAS CLASSE
A Metanol 67-56-1 Álcool primário
B Acetona 67-64-1 Cetona
C Acetonitrilo 75-05-8 composto orgânico que contém grupos nitrilo
D Didorometano 75-09-2 Hidrocarboneto clorado
E disulfuro de carbono 75-15-0 Composto orgânico que contém enxofre
F Tolueno 108-88-3 Hidrocarboneto aromático
G Dietilamina 109-89-7 Amina
H Tetrahidrofunaro 109-99-9 Composto heterocíclico e éter
I Acetato de etilo 141-78-6 ester
J n-heptano 142-85-5 Hidrocarboneto saturado
K Hidróxido sódico 40% 1310-732 Base inorgânica
L Ácido sulfúrico 96% 7664-93-9 Ácido mineral inorgânico
M Ácido nítrico 65% 7697-37-2 Ácido mineral inorgânico, oxidante
N Ácido Acético 99% 64-19-7/td> Ácido orgânico
O Hidróxido amónico 25% 1332-21-6 Base orgânica
P Peróxido de hidrógeno 30% 7722-84-1 Peróxido
S Ácido hidrofluorídico 40% 7664-39-3 Ácido inorgânico mineral
T Formaldehído 37% 50-00-0 Aldeído

EN ISO 374-5
  • As luvas de proteção contra microrganismos oferecem proteção contra bactérias e fungos quando cumprem com a EN 374-2 (fuga de ar e fuga de água).
  • As luvas que também oferecem proteção contra vírus devem ainda cumprir a ISO 16604: proteção contra a penetração por bacteriófagos Phi-X174 transportados no sangue.
  • Pictograma:
UNE-EN 374 1.2
RISCOS DEVIDO A MICROORGANISMOS
Níveis de resistência Penetração
(Nível de qualidade AQL)
Nível de passagemQualidade aceitávelNíveis de inspeção
Nível 3 <0,65 G1
Nível 2 <1,5 G1
Nível 1 <4,0 S4

UNE-EN 374 1.2.3
RISCOS QUÍMICOS
Níveis de resistência à permeabilidade*
Tempo médio de penetração (min)Níveis de prestação
>10 1
>30 2
>60 3
>120 4
>240 5
>480 6
* Tempo que um produto químico demora em penetrar nas luvas.

UNE-EN 407:2005UNE-EN 407:2005

A norma UNE-EN 407 especifica os métodos de ensaio, requisitos gerais, níveis de prestações de proteção térmica e marcação para as luvas de proteção contra o calor e/ou fogo. Tem que ser usada para todos as luvas que protegem as mãos contra o calor e/ou chamas, através de uma ou mais das seguintes formas: fogo, calor de contacto, calor convectivo, calor radiante, pequenas salpicaduras ou grandes quantidades de metal fundido.

É importante advertir que os ensaios dos produtos, apenas irão determinar os níveis de prestações e não os níveis de proteção. Se as luvas estiverem desenhadas para suportar temperaturas inferiores a 100 °C, pertencem à Categoria 2. Se suportarem temperaturas superiores a 100 °C, o equipamento pertence à categoria nº 3.

UNE-EN 407. RISCOS TÉRMICOS DE CALOR E FUEGO
Níveis de rendimento   1 2 3 4
A Inflamabilidade Pós inflamação ≤20" ≤10" ≤3" ≤2"
Pós incandescência Sem requis. ≤120" ≤25" ≤5"
B Calor derivado de contacto 15 segundos a 100°C 250°C 350°C 500°C
C Calor convectivo Transmissão de calor (HIT) ≥4" ≥7" ≥10" ≥18"
D Calor radiante Transferência de calor (t3) ≥7" ≥20" ≥50" ≥95"
E Pequenas salpicaduras de metal fundido N° de gotas necessárias para obter uma elevação de temperatura a 40°C ≥10" ≥15" ≥25" ≥35"
F Grandes massas de metal fundido Gramas de ferro fundido necessárias para provocar uma queimadura superficial 30 60 120 200

UNE-EN 60903:2005UNE-EN 60903:2005

As luvas e manoplas de material isolante serão classificados pela sua classe e respetivas propriedades especiais, tal como indicado nas seguintes tabelas. Todas as luvas pertencem à Categoria 3.

UNE-EN 60903. RISCOS ELÉTRICOS
Classe Tensão de Trabalho (Kv) Tensão mínima suportada (Kv) Tensão de teste (Kv)
00 0,5 5 2,5
0 1 10 5
1 7,5 20 10
2 17 30 20
3 26,5 40 30
4 36 50 40



UNE-EN 60903. RISCOS ELÉTRICOS
Classificação por propriedades especiais
CategoriaResistência
A Ácido
H Óleo
Z Ozono
M Mecânica
R Ácido, Óleo, Ozono, Mecânica (nível mais alto)
C A temperaturas muito baixas

UNE-EN 381-7:2000UNE-EN 381-7:2000

Luvas desenhadas para proteger contra os riscos que possam vir a aparecer devido à utilização de serras de corrente acionadas à mão (motosserras). Atualmente, todas as serras de corrente foram desenhadas para usuários destros e, portanto, todos os desenhos e requisitos da roupa de proteção foram concebidos assumindo a sua utilização com a mão direita. A proteção pode não ser adequada para a utilização com a mão esquerda. São EPI de categoria 2.

Não existe nenhum equipamento de proteção individual que possa assegurar 100 % de proteção contra os cortes provocados por serras de corrente acionadas à mão. No entanto, é possível desenhar equipamentos de proteção individual que oferecem um certo grau de proteção, aplicando diferentes princípios funcionais, entre os quais incluímos:

  • Deslizamento da corrente: durante o contacto com a corrente, esta não corta o material.
  • Entalamento: a corrente arrasta as fibras do material até ao pinhão de arrasto e bloqueia o movimento da corrente.
  • Travagem da corrente: as fibras do material possuem um alto nível de resistência aos cortes e absorvem a energia rotacional, travando assim a velocidade da corrente.

    Geralmente é possível aplicar vários princípios.

A norma UNE-EN 381-7, define dois desenhos de luvas, A e B, dependendo das várias áreas protetoras que se destinem a cobrir. Como tal, temos:

UNE-EN 381.7. CORTE POR SERRA DE CORRENTE
Velocidade da corrente
Classe 0* 16 m/s
Classe 1 20 m/s
Classe 2 24 m/s
Classe 3 28 m/s

UNE-EN 381.7. CORTE POR SERRA DE CORRENTE
Níveis mínimos de proteção contra riscos mecânicos (UNE-EN 388)
Abrasão 2
Corte com lâmina 1
Rasgão 2
Perfuração 2

UNE-EN 511:2006UNE-EN 511:2006

A norma UNE-EN 511 define os requisitos e métodos de ensaio para as luvas que protegem contra o frio convectivo ou condutivo até uma temperatura de -50 °C. Este frio pode estar ligado às condições climáticas ou a uma atividade industrial. Os valores específicos dos vários níveis de prestação, estão determinados de acordo com as exigências de cada risco ou área especial de aplicação.

ADVERTÊNCIA: Os ensaios dos produtos serão efetuados para determinar níveis de prestação e não para determinar níveis de proteção. São EPI de categoria 2. Há luvas de Categoria 3, embora não amparadas ao abrigo da norma.

Este tipo de luvas deverá cumprir, pelo menos com o nível 1 de resistência à abrasão e resistência aos rasgões da norma UNE-EN 388.

UNE-EN 511. RISCOS POR FRIO
Níveis de rendimento 1 2 3 4
A Resistência ao frio convectivo Isolamento térmico (ITR) en m2 °C/W ≥0,10 ≥0,15 ≥0,22 ≥0,30
B Resistência ao frio por contacto Resistência térmica (R) en m2 °C/W ≥0,025 ≥0,050 ≥0,100 ≥0,150
C Impermeabilidade à água Nível 1: impermeável no mínimo 30 minutos        

UNE-EN 659:2004UNE-EN 659:2004

As luvas especiais para bombeiros, permitem trabalhar durante longos períodos de tempo em condições perigosas. No entanto, não é possível relacionar os níveis de prestação alcançados no laboratório, com os níveis de proteção necessários em condições reais de utilização.

As luvas não estão destinadas ao manuseamento deliberado de produtos químicos líquidos, mas proporcionam alguma proteção contra o contacto acidental com produtos químicos.

As luvas de proteção para operações especiais de luta contra o fogo estão excluídas do campo de aplicação da Norma UNE-EN 659.

As luvas de proteção para bombeiros são um EPI de Categoria 3.

UNE-EN 659. LUVAS PARA BOMBEIROS
Comprimento mínima da luva (UNE-EN 388)
TamanhoComprimento mínimo (cm)
6 26
7 27
8 28
9 29
10 30,5
11 31,5
UNE-EN 659. LUVAS PARA BOMBEIROS
Níveis de proteção
UNE-EN 388UNE-EN 407
Abrasão 3 Chamas 4
Corte 2 Calor convectivo 3
Rasgão 3 Calor de contacto *
Picadura 3 Calor radiante **

* Temperatura de contacto 250 °C. Tempo limite de, pelo menos, 10 s

** De acordo com a norma EN ISO 6942

UNE-EN 16350UNE-EN 16350:2014

As peças de vestuário electroestáticas são desenhadas por um lado com a finalidade de proteger o usuário e por outro lado, com a função de proteger os produtos. O corpo humano é um produtor de micropartículas que podem danificar produtos com um alto valor acrescentado que por sua vez é condutor, ou seja, tem uma resistividade baixa, por condução ou por indução se estiver isolado na terra. Isto pode provocar descargas de faíscas e danos diretos aos trabalhadores.

Nenhuma destas normas é aplicável contra tensões elétricas. Estas peças de vestuário são de categoria 2.

UNE-EN 1082-1/2:1997UNE-EN 1082-1/2:1997

As luvas de malha metálica e os protetores dos braços, de plástico ou metálicos, que oferecem algum tipo de proteção contra as picaduras, são utilizadas nos tipos de trabalho em que uma faca se move na direção das mãos e dos braços do usuário, especialmente quando se trabalha com facas manuais em talhos, indústrias de processamento de carne, peixe ou marisco, em grandes estabelecimentos de restauração e em operações de desossa de carne, caça ou aves.

Também podem oferecer a proteção adequada às pessoas que trabalham com facas manuais na indústria dos plásticos, couro, têxteis e papel, quando colocam solos ou tarefas semelhantes. São EPI de categoria 2/p>

UNE-EN 12477:2002UNE-EN 12477:2005

As luvas de proteção para os soldadores protegem as mãos e os pulsos durante os processos de soldadura e tarefas relacionadas.

As luvas de proteção para soldadores protegem contra pequenas gotas de metal fundido, contra a exposição de curta duração a uma chama limitada, contra o calor convectivo, contra o calor de contacto e contra a radiação UV emitida pelo arco. Além disso oferecem proteção contra as agressões mecânicas.

    • As luvas de proteção para soldadores classificam-se em dois tipos:

  • Tipo A: recomendado para soldadura MIG.
  • Tipo B: recomendado para soldadura TIG.

São luvas de Categoria 2.

UNE-EN 13594:2002UNE-EN 13594:2015

As luvas para motociclistas estão destinadas a proporcionar proteção contra as condições ambientais, sem reduzir a habilidade do usuário para manusear os controlos e interruptores da motocicleta. Além disso, as luvas estão concebidas para proporcionar proteção mecânica às mãos e pulsos em caso de acidente.

Os riscos mais frequentes nos acidentes de motocicleta são os impactos com a motocicleta, com outros veículos, com mobiliário urbano e com a superfície do passeio.

São luvas de Categoria 2

UNE-EN ISO 10819:2014UNE-EN ISO 10819:2014

Esta norma europeia foi desenvolvida como resposta à crescente demanda existente para proteger as pessoas dos riscos de danos provocados por vibrações derivadas da exposição às vibrações mão-braço.

Esta norma europeia especifica um método de medida em laboratório, a análise dos dados e o relatório da transmissibilidade da vibração pelas luvas em termos de transmissão da vibração a partir de um punho até à palma da mão no intervalo de frequência de 31,5 Hz a 1.250 Hz. A medida não inclui a vibração transmitida aos dedos.

São luvas de Categoria 2.

UNE-EN ISO 13997:1999UNE-EN ISO 13997:1999

Roupa de proteção. Propriedades mecânicas. Determinação da resistência aos cortes por objetos afiados..

Esta norma internacional especifica um método de ensaio de cortes e os cálculos associados, usado com os materiais que compõem a roupa de proteção. O ensaio determina a resistência aos cortes por objetos afiados, tais como facas, bordas de lâminas metálicas, rebarbas, vidro, ferramentas e fundições afiadas. Este ensaio não proporciona informação sobre a resistência à penetração por objetos agudos, tais como agulhas e pontas. Este ensaio não se considera adequado para materiais fabricados com malhas ou placas metálicas. O texto desta norma internacional não inclui nenhuma disposição relativa à segurança do usuário.

Apesar de os têxteis, materiais compostos, couros, borrachas e materiais reforçados podem resistir a cortes de objetos afiados de diversas formas, é necessário dispor de um método de avaliação da resistência aos cortes dos materiais que compõem a roupa de proteção que seja aplicável a todos os materiais. O ensaio descrito nesta norma constitui um método que permite calcular a força para baixo (perpendicular) necessária para que uma lâmina que se desloca, ao longo da amostra, uma distância fixa, corte a mesma. As prestações dos materiais da roupa de proteção podem ser classificadas segundo os valores numéricos obtidos com este ensaio.

REQUISITOS

Esta norma internacional descreve um método de ensaio para materiais e produtos. Quando se citar como método de ensaio numa norma de produto ou de materiais, esta última deve conter toda a informação necessária para permitir a aplicação da norma ISO 13997 ao produto em questão. A norma que fizer referência à Norma ISO 13997 deve conter, pelo menos, a seguinte informação:
a) uma referência normativa à Norma ISO 13997
b) uma descrição das amostras a ensaiar, o procedimento para respetiva preparação e se necessário o tratamento prévio, assim como o tamanho e orientação das provetas obtidas a partir das amostras
c) detalhes sobre o procedimento de fixação e alongamento das provetas
d) número de ensaios a realizar
e) detalhe de qualquer desvio relativo a método descrito na Norma ISO 13997
f) detalhes do modelo e conteúdo do relatório do ensaio
g) os requisitos de prestação para o produto e o "nível" associado. As prestações requeridas devem ser dadas como uma força de corte mínima

MÉTODO DE ENSAIO

Princípio do método
A resistência aos cortes por parte de um material corresponde à sua aptidão para resistir ao corte produzido por uma lâmina. Esta mede-se através de um aparelho no qual uma lâmina se desloca através da proveta. Os cortes realizam-se devido aos deslocamentos, entre 3 mm e 50 mm, de uma lâmina à qual se aplica uma faixa determinada de forças, em sentido perpendicular à superfície da proveta. A resistência ao corte de uma amostra do material, expressa-se como a força de corte necessária para que uma lâmina padronizada, corte precisamente o material num percurso de 20 mm. O valor da força dos cortes pode ser utilizado para classificar os materiais. Pode-se utilizar qualquer tipo de aparelho que seja capaz de manter uma força constante entre a borda cortante da lâmina e a proveta e que permita medir com exatidão a distância percorrida pela lâmina, antes de a mesma atravessar a proveta. No anexo B (informativo) descreve-se um equipamento que cumpre estas condições.

ANEXO A (Informativo)

ESPECIFICAÇÕES PARA UM ENSAIO DE CORTE
Introdução

O método especificado nesta norma internacional pode ser utilizado para testar ou ensaiar um grande número de materiais utilizados na confeção de equipamentos de proteção individual. O ensaio avalia a resistência de uma proveta a ser cortada por uma lâmina que se desloca em cima dela exercendo uma força constante. Os resultados do ensaio expressam-se como a força necessária que deveria ser aplicada à lâmina para que corte a proveta com um deslocamento de 20 mm. Quanto maior for a força requerida, maior será a resistência ao corte.

A tarefa a seguir proporciona alguns resultados típicos:

UNE-EN ISO 13997. Resultados de ensaio típicos
MaterialMassa superficial (g/m2)Força de corte (N)Aplicação típica
Algodão 545 5,9 Luvas de trabalho
Látex 469 1,0 Luvas cirúrgicas
p-Aramida 688 11 Luvas industriais
Couro 754 2,3 Luvas de trabalho
PEHPM* reforçado 581 20,8 Luvas para os setores agroalimentares
PEHPM* reforçado 853 31,9 Luvas para os setores agroalimentares
Vinil 590 3,5 Roupa de proteção (líquidos)
p-Aramida 1900 38,7 Avental de proteção multi-capas
* PEHPM: Polietileno de alto peso molecular

UNE-EN ISO 13997:1999EN 13688

Roupa de proteção

A norma EN ISO 13688:2013 descreve requisitos gerais aplicáveis à roupa de proteção, tais como a ergonomia, designação de tamanhos, marcação e informação a facilitar pelos fabricantes. Esta norma utiliza-se combinada com outras normas com conteúdos de proteção específicos. Esta norma substitui a UNE-EN 340

DIMENSÕES DO CORPO PARA O TAMANHO DA ROUPA DE PROTEÇÃO
ROUPA DE PROTEÇÃODIMENSÕES DE CONTROLO
1 Blusão, casaco, colete Contorno do peito ou do busto e altura
2 Calças Contorno da cintura e altura
3 Macacões/fatos-macaco Contorno do peito ou busto e altura
4 Aventais Contorno do peito ou busto, contorno da cintura e altura
5 Equipamento protetor (por ex.: joalheiras, corretores posturais, protetores do tronco) Selecionar as medidas relevantes:
  • Contorno de peito ou busto, cintura ou altura
  • Peso corporal
  • Distância de cintura a cintura sobre os ombros

UNE-EN 11611EN 11611

Roupa de proteção para soldadura e processos afins.

A norma UNE-EN 11611:2015 estabelece requisitos mínimos e métodos de ensaio para a roupa de proteção, incluindo capuzes, aventais, mangas e polainas, desenhados para proteger o usuário durante a soldadura e processos afins.

CRITÉRIOS DE SELEÇÃO
TIPO DE ROUPAPROJETOCONDIÇÕES AMBIENTAIS
Classe 1 Técnicas de soldadura e situações menos perigosas dando origem a níveis inferiores de salpicaduras e calor radiante Funcionamento de máquinas de corte por oxigénio e plasma, soldadura por resistência, projeção térmica e banco de soldadura
Classe 2 Técnicas de soldadura e situações menos perigosas dando origem a níveis superiores de salpicaduras e calor radiante Funcionamento de máquinas em espaços confinados. Em soldadura/corte debaixo de teto ou em posições forçadas comparáveis.

UNE-EN 342UNE-EN 342:2004

Roupas de proteção. Conjuntos e peças de vestuário de proteção contra o frio.

Roupas de proteção. Conjuntos e peças de vestuário de proteção contra o frio.

Não inclui proteção ou cobertura para a cabeça, calçado e luvas de proteção.

Define os conjuntos e roupas de proteção a usar em ambientes realmente frios com temperaturas inferiores a – 5 Cº.

UNE-EN 342
Resistencia Térmica R Não requerido
Isolamento Térmico efetivo I Obrigatório
Isolamento Térmico resultante I Obrigatório
Valor minimo 0,310 m2 K/W
Permeabilidade ao ar, AP Obrigatório
(classe 1,2,3)
Penetração da água, WP Opcional
(classe 1,2)
Permeabilidade do vapor de água, R Opcional
(classe 1,2)

UNE-EN 425REGULAMENTO 2016/425:2016

Relativo aos Equipamentos de Proteção Individual.

Substitui a Diretiva 89/686/CEE.

O novo regulamento implica uma maior concretização nos requisitos aplicáveis aos EPIS, nas responsabilidades de todos os operadores económicos e um avanço nas condições de vigilância de mercado.

Entrará em vigor a partir de 21 de abril de 2018.